Comunidades na Amazônia começam a trocar diesel por energia solar
A energia solar é a maior aposta das comunidades indígenas, ribeirinhas e extrativistas da Amazônia, mas projetos de microcentrais hidrelétricas e eólicas também têm sido testados por ONGs que atuam na região.
Embora a área distribua energia para o país através de megausinas hidrelétricas, a população local na maior parte do território amazônico —com exceção das capitais— depende de termelétricas a diesel, fonte mais cara e mais poluente na matriz elétrica brasileira.
Diesel, velas e lamparinas são usados por cerca de 30 mil famílias sem acesso à energia elétrica em áreas protegidas de uso sustentável administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Desde 2017, uma dessas áreas passou a ser atendida pela distribuidora Celpa, com a instalação de painéis fotovoltaicos em 1.806 locais, incluindo casas, escolas e postos de saúde da reserva extrativista Verde Para Sempre, no Pará.
A conta fica em torno de R$ 14 por família (com possibilidade de desconto de tarifa social para famílias de baixa renda) para um consumo de 45KW/h —o suficiente para ter luz, ouvir rádio, carregar celular e computador, assistir à televisão e manter um refrigerador. Antes da implantação das placas solares, cada família gastava pouco mais de R$ 100 para comprar diesel suficiente para quatro horas diárias de energia elétrica.
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Ana Carolina Amaral
Fonte: Folha de S. Paulo